sábado, 8 de agosto de 2009

II Reino de Montenegro (1941 - 1944)




Após a Invasão da Iugoslávia pela Alemanha Nazista e pela Itália Facista em 6 de Abril de 1941, e com a subsequente rendição da Real Força Armada da Iugoslávia em 17 de Abril de 1941, Sekula Drljević, líder dos Montenegrinos Federalistas no Reino da Iugoslávia, estabeleceram o Comitê Provisório Administrativo de Montenegro, que cooperou com os invasores italianos. O Comitê foi desmantelado em 5 de Maio de 1941 e o Conselho Montenegrino foi constituído com o intuito de criar um Protetorado Italiano Semi-Independente. O Regime Fascista intencionava fazer de Montenegro parte da Grande Itália, expandido o domínio italiano sobre o Adriático até a Albânia. O Rei Victor Emanuel III da Itália, influenciado por sua esposa, a Rainha Elena, filha do Rei de jure de Montenegro, impôs à Mussolini a criação de um Montenegro independente, contra os desejos dos Croatas fascistas de Ante Pavelic e dos albanianos, que pretendiam dividir o território montenegrino entre eles. O Segundo Reino de Montenegro foi criado sob controle fascista quando Krsto Zrnov Popović retornou do seu exílio em Roma no ano de 1941 para liderar o Zelenaši (Partido "Verde"), que apoiava a restauração da Monarquia Montenegrina. Essa milícia era chamada de Brigada Lovćen. Montenegro era formalmente um Reino, mas o neto do último Rei, o Príncipe Michael Petrović-Njegoš recusou a Coroa, declarando lealdade ao seu primo, o jovem Rei Pedro II da Iugoslávia. Dois Príncipes Romanov, Príncipe Nicholas e seu pai, Príncipe Roman, também recusaram o Trono. Então, o Reino passou apenas à ser controlado pelos governantes italianos. Em 12 de Julho de 1941, o reino de Sekula Drljević foi iniciado. No início de 1942, entretanto, o país viu o início de uma Guerra Civil entre os Partisans e Chetniks (Exército Iugoslavo na Terra Natal) e os Separatistas Montenegrinos e as Forças do Eixo. Com a Segunda Guerra Mundial em marcha, o conflito em Montenegro tornava-se caótico, uma vez que inúmeras alianças eram feitas e quebradas entre vários lados e facções. As fronteiras desse Reino só existiram de fato no papel. Especialmente, depois da primavera de 1942, grande parte da região de Sandžak e mesmo região do Estado Independente de Montenegro não mais era controlada pelo governo proclamado. Somado à isso, a área da Baía de Kotor (o Cattaro veneziano) havia sido anexado pela Província Dalmácia pertencente ao Reino da Itália em Setembro de 1943. E no fim desse mesmo mês, a Croácia Fascista de Ante Pavelić era anexada pela Província Italiana de Kotor (Provincia di Cattaro). Em Outubro de 1943, Drljević foi exilado de Montenegro. Em 1944, no Estado Independente da Croácia, Drljević formava um Conselho de Estado Montenegrino, para assegurar para si a condição de Governo-no-Exílio. O Exército do Povo Montenegrino foi formado mais tarde por Ante Pavelić e Drljević após a derrota de Đurišić, que liderava as forças Chetnik.
Com a partida dos governantes italianos, Montenegro continuou sob controle direto das tropas alemãs, com uma terrível e sangrenta guerrilha se apoderando do teritório. Durante esse período, dezenas de milhares de civis inocentes foram assassinados pelos Nazistas. Em Dezembro de 1944, as forças fascistas se retiraram de Montenegro quando os Partisans de Tito assumiram o controle e encerrando a curta existência do Segundo Reino de Montenegro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

História do I Reino de Montenegro




O Primeiro Reino de Montenegro (1910 - 1918) foi proclamado pelo Príncipe Nikolas em Cetinje, em 28 de Agosto de 1910. Nas Guerras Balcânicas (1912 – 1913), a autoridade real mostrou-se negligente. Montenegro obteve ganhos territoriais com a divisão de Sandžak com a Sérvia em 30 de Maio de 1913. De qualquer forma, isso provou-se muito prejudicial, uma vez que grande parte da população do território absorvido não sentia nenhuma simpatia pela identidade Montenegrina. Em contra-partida, a recém-capturada cidade de Skadar teve de ser devolvida ao novo Estado da Albânia por insistência das Grandes Potências, algo que desagradou muito Montenegro, uma vez que foram perdidas 10,000 vidas para capturar a cidade das Forças Otomanas (Albânia) de Esad Pasha. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), Montenegro aliou-se à Tríplice Entente. De 15 de Janeiro de 1916 até Outubro de 1918, Montenegro foi ocupada pela Áustria-Hungria.
Em 20 de Julho de 1917, a Declaração de Corfu foi assinada; e declarou que Montenegro estava unida à Sérvia. Em 26 de Novembro de 1918, a unificação montenegrina com a Sérvia foi proclamada. O
Soberano de Montenegro apoiou a unificação de início, visando a criação de um grande Estado Sérvio para Todos os Sérvios, mas logo entrou em conflito com o Rei Alexandre da Sérvia. A discordância surgiu quando discutiu-se quem governaria o novo reino. O rei Nikolas de Montenegro foi destronado e exilado.